
Doença de Peyronie
A
doença de Peyronie foi descrita por François Gigot
de La Peyronie em 1743.
Caracteriza-se pela presença de placas fibróticas
("cicatriz") na túnica albugínea, que envolve
os corpos cavernosos, levando a alteração da elasticidade
do corpo cavernoso com dor e curvatura anormal na ereção,
podendo levar à disfunção erétil (impotência).
Etiologia:
A causa da doença de Peyronie permanece desconhecida, existindo
diversas hipóteses como: doenças auto-imunes, doenças
metabólicas, doenças fibromatosas e microtraumas do
pênis em ereção.
Diagnóstico:
Realizado através da história de dor e/ou curvatura
na ereção e pelo exame físico, onde encontramos
placa fibrótica palpável, mais freqüente na região
dorsal e terço distal do pênis.
O uso de ereção artificial pode ser útil para
quantificar a curvatura e orientar o tratamento.
Tratamento:
Os casos iniciais podem apresentar até 50% de estabilização
ou cura espontânea, sem o uso de qualquer medicação.
Clínico (Medicamentoso): Indicado para casos iniciais,
sem alteração da ereção, com objetivo
de melhorar a dor e estabilizar ou eliminar a placa fibrótica.
Apesar do uso freqüente, os resultados são ruins e
falta uma opção verdadeiramente eficiente de tratamento
clínico.
As drogas mais utilizadas são:
- Uso oral: vitamina E, potaba, colchicina e tamoxifeno
- Uso Intralesional: corticóides e Interferon alfa
Cirúrgico:
Indicado para correção da curvatura peniana, podendo
ser realizado com ou sem a ressecção ou incisão
da placa fibrótica.
Nos casos de disfunção erétil, realiza-se
a correção da curvatura e colocação
de prótese peniana no mesmo ato cirúrgico.
|