Urodinâmica
O Que é?
O exame urodinâmico consiste na avaliação funcional
do trato urinário inferior (TUI), ou seja, avalia o funcionamento
da bexiga e da uretra.
O TUI tem duas funções diferentes: armazenar a urina
sem permitir perdas e esvaziar-se totalmente sob nosso comando.
Existem diversas doenças que podem afetar a fase de armazenamento,
a fase de esvaziamento ou ambas.
O TUI manifesta estas alterações através de
dor, alteração do enchimento ou alteração
do esvaziamento, qualquer que seja a origem do problema.
O exame urodinâmico tem como objetivo reproduzir estes sintomas
para o correto diagnóstico e orientação do
tratamento
Para Que Serve?
O exame urodinâmico está indicado nos casos onde exista
dificuldade para armazenar a urina ou para eliminá-la voluntariamente
no momento adequado.
As dificuldades de armazenamento podem se manifestar como dor ao
enchimento vesical, pequena capacidade da bexiga obrigando a esvaziamentos
freqüentes de pequenos volumes, urgência de esvaziamento
vesical ou perda de urina involuntária diurna ou noturna.
As alterações na micção podem se manifestar
como jato urinário fino e fraco, necessidade de esforço
abdominal para a micção ou sensação
de esvaziamento incompleto da bexiga.
As infecções urinárias de repetição
podem ser devido a alterações na fase de armazenamento
ou de esvaziamento.
Estas alterações podem estar presentes nas crianças
ou adultos de qualquer idade e de ambos os sexos, ficando a cargo
do urologista avaliar a necessidade da realização
deste exame.
Como É Feito?
O exame urodinâmico pode ser realizado em pacientes de ambos
os sexos em qualquer idade, desde recém nascidos até
idosos. Só não pode ser realizado na presença
de infecção urinária, que deve ser tratada
previamente.
O paciente deve comparecer ao exame com a bexiga cheia. Inicia-se
a avaliação com a micção em um fluxômetro,
que mede o jato urinário.
Após a micção coloca-se uma ou duas sondas
(canudos), bastante finos e maleáveis, pela uretra até
a bexiga, e outra no reto. Essa introdução é
facilitada com o uso de pomada lubrificante anestésica.
Após a introdução, aspiramos as sondas da bexiga
para verificar se há urina não eliminada durante a
micção (resíduo).
Coloca-se então o paciente sentado ou em pé e enche-se
a bexiga com soro através de uma das sondas enquanto a outra
mede o comportamento da bexiga através de transdutores ligados
a um computador que nos fornece os dados através de gráficos
e números. Ao atingir a capacidade máxima da bexiga
retiramos a sonda de infusão e o paciente urina com a outra
sonda na bexiga para avaliarmos a fase miccional. Após a
micção aspira-se novamente o resíduo de urina
da bexiga. Este ciclo de enchimento e esvaziamento é repetido
até obtermos todas as informações importantes
para o caso.
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